“Espero ser digno de tanto louvor”
Foi com um «sentimento de alegria e gratidão» que o Maestro Victor Costa viu, ontem, inaugurar a exposição intitulada “Maestro Victor Costa: um legado musical”, no Salão Nobre do Teatro Baltazar Dias, no Funchal.
Entre partituras, letras, notícias publicadas nos jornais, fotografias e prémios, o «génio» madeirense da música, epíteto utilizado pelo presidente da CMF, Paulo Cafôfo, na abertura da mostra, Victor Costa disse ao JM que «é preciso salvaguardar o conhecimento», alertando que a única maneira de fazê-lo é estabelecendo pontes com as pessoas. «A falta de conhecimento não poder ser evitada se as pessoas não tiveram acesso a uma partitura».
Na mesa comprida, que se estende do princípio ao fim do Salão, e nos vários painéis que a acompanham ao longo de todo o comprimento, os nossos olhos perdem-se num exercício sagaz de deambulação. Há muito para ver, ainda que ali esteja apenas parte da sua vasta obra, que reúne um total de 900 peças.
O autor do hino da Região, que nos últimos três meses compôs 75 peças, para canto e piano, afirma que nunca compôs tão intensamente como agora, sobretudo em português, e espera continuar a dar o seu melhor e ser «digno de tanto louvor».
