O regresso de “Pop! Se calhar o amor é isso”

Sete meses depois, “POP! Se calhar o amor é isso” regressa à cena nos próximos dias 17 e 18, às 21 horas, e no dia 19, às 18 horas, desta feita no Teatro Municipal Baltazar Dias.

A comédia dramática protagonizada por uma única mulher que se desmultiplica em três, estreou em Julho do ano passado, no Centro Cívico do Estreito de Câmara de Lobos, e passou ainda pela casa da Cultura de Câmara de Lobos, marcando a estreia a solo de Teresa Rebelo, como autora, actriz e encenadora. Um formato “one woman show” à altura do talento desta açoriana, natural da ilha de São Miguel, que já nasceu actriz, mas, ainda assim, trabalhou afincadamente para sê-lo.

É em cima do palco que encontra o seu combustível, o seu papel principal, e diz-nos que não se sente intimidada por estar sozinha em cena.

Na verdade, não está, esclarece. «Estou sempre com o público», afirma. Ao longo de 75 minutos, Madeleine, Gloria Charlotte, as três personagens encarnadas por Teresa Rebelo, contam as suas histórias de vida, num registo que oscila entre o humor e a tragédia para fazer emergir uma sátira à desumanização e, ao mesmo tempo, levantar questões tão sérias como «O que é ser Humano?» ou «O que sabemos nós sobre o amor, afinal?», explica a actriz.

Três histórias narradas por três mulheres intemporais, que podiam ser a mesma em diferentes fases da vida e até do amor. «Elas existiram há 80 anos, há 50, existem hoje, e sempre existirão. Vêm questionar as relações humanas, as relações amorosas e, sobretudo, o amor próprio. Acho que a humanidade ainda continua desorientada com essa parte da vida. Andamos todos muito distraídos com os “likes” e com os seguidores das redes sociais… E o que é isso, afinal?».

Arriscamos perguntar qual destas mulheres se parece mais com a atriz. Teresa responde que, apesar de não ser nenhuma delas, cada uma tem um traço seu. «A Madeleine (divorciada) tem o meu humor sarcástico, a Gloria (casada) te a minha vivacidade e a Charlotte (solteira) tem a minha liberdade».

“Pop! Se calhar o amor é isso” conta com a música original dos Punk D’Amour e é uma produção da Wuamãe.

Os ingressos para o espectáculo custam 8 euros e estão disponíveis na bilheteira do Teatro Baltazar Dias.

Jornal da Madeira – 10 de Fevereiro de 2017