Desta música erudita que (nos) toca
ANSA/OCM com discurso de proximidade na apresentação da nova temporada artística.
“Contemple! Sonhe com alma!” é o lema da nova temporada artística da ANSA/Orquestra Clássica da Madeira (OCM), ontem apresentada em conferência de imprensa, no auditório da Travessa das Capuchinhas, no Funchal.
A contemplação e o sonho começam já no próximo sábado, dia 24, com o concerto inaugural, protagonizado pelo Conservatório Escola das Artes da Madeira, no Teatro Municipal Baltazar Dias. A partir das 18 horas, a OCM estará sob a batuta do maestro convidado, Gianluca Marianò, que já dirigiu as mais proeminentes orquestras da actualidade, estreando-se agora em Portugal, com a OCM. O espetáculo abre o Ciclo Grandes Solistas, apresentando Alexander Buzlov no violoncelo.
Do repertório fazem parte Johannes Brahms (1833-1897) – Academic Festival Overture, Op. 80, Edward Elgar (1857-1934) – Concerto para violoncelo em Mi menor, Op. 85 e Pilotr Llitch Tchaikovsky (1840-1893) – Sinfonia Nº 5 em Mi menor, Op. 64. Uma abertura em grande de uma programação «de grande riqueza no que concerne às obras e intensa no que respeita ao número de concertos», sublinhou a presidente da ANSA, Vanda Correia de Jesus, acrescentando que «a OCM tem um compromisso importante para com a população; além de divulgar a música erudita, contribui ainda para a formação de jovens músicos e para a elevação social e cultural das pessoas, ajudando na construção de uma sociedade mais justa».
A perspetiva é partilhada pelo diretor artistico da OCM, Norberto Gomes, que disse não ter dúvidas do «sucesso ímpar» que a temporada 2016/17 fará no panorama cultural da Região.
«Com ciclos parcelares, ao longo de toda a temporada, teremos grandes solistas, grandes obras e jovens solistas», garantiu, deixando ao público o repto: «Descubra o papel que a música desempenha na sua vida, contemplando-a. Deixe-se tocar pela Orquestra, pela música. Liberte a sua alma e sonhe. Sonhe connosco!»
Quem também marcou presença na cerimónia de apresentação da temporada foi o maestro convidado do concerto de sábado, Gianluca Marcianò, que não poupou elogios à conduta da OCM, dizendo-se «impressionado» com a sua disciplina, que é, segundo o músico, um dos predicados mais importantes de uma orquestra. Marcianà fez questão de vincar o seu «enorme entusiasmo» com este «primeiro encontro», dizendo que espera ansiosamente pelo momento de subir ao palco do Teatro Baltazar Dias. De resto, a OCM quer afirmar-se, cada vez mais, no roteiro cultural madeirense, apostando, para tal, numa relação próxima com o público através de uma linguagem universal: a música. Porque, sim, a música erudita toca para todos e pode tocar todos.
Os preços dos bilhetes mantêm-se, mas há uma novidade – os estudantes com idade igual ou superior a 13 anos pagam metade do valor do bilhete normal, ou seja, 10 euros, e para grupos com mais de 5 jovens, o ingresso individual custará 7,50 euros.
